Sem pausas, sem dúvidas, sem medos.

Eu fingi. Eu fingia acreditar nas minhas próprias palavras. Eu fingia acreditar que já não era amor. Mas só fingia, porque no fundo eu ainda acreditava que era amor. Eu ainda o amava do mesmo jeito que sempre o amei. Sem pausas, sem dúvidas, sem medos. Eu ainda o amava.
Mas aí eu acreditei. Acreditei que ele me poderia amar do mesmo jeito que eu o amava. Acreditei que ele poderia pensar em mim do mesmo jeito que eu pensava nele. Acreditei que ele poderia me procurar quando não me via, do mesmo jeito que eu o procurava quando os meus olhos o perdiam. Acreditei e descobri que não passou de algo inexistente. Eu queria acreditar, mas nada disso era verdade. Ele nunca me amou. Não do mesmo jeito que eu o amei, ou com a mesma intensidade. Ele nunca me amou. Nunca parou para pensar na maneira que eu faria algo ou o jeito que o meu cabelo teria quando acordava. Nunca imaginou um futuro comigo. A verdade é que ele nunca me amou.
Ele nunca foi meu. Mas eu sempre fui sua. Não foi preciso pedir, ou obrigar. Eu nasci e já era sua. Eu vivia, simplesmente, para ele. Sempre imaginei um futuro a seu lado. Sempre tive esperanças que ele mudasse de ideias. Mas nada mudou, apenas a minha maneira de pensar.

"Eu sou sua, caramba. E eu não queria ser. Porque você me tem. Mas eu não te tenho. Eu estou nas suas mãos, mas as suas não estão nas minhas."

" como se fosse um cigarro apagado "

Sinto-me incompreendida, infeliz, deixada ao abandono num mundo macabro.
Sinto-me como se ninguém mais se importasse comigo, como se fosse um cigarro apagado que para nada já servia.
Tenho medo, sabem? Tenho medo de fazer algo de errado e afastar todos aqueles que ainda permanecem na minha vida.
Tenho medo da solidão. Tenho medo de ser esquecida.
Por muito que dê a entender que sou uma rapariga solitária, eu não o sou.
Por vezes sinto que não tenho amigos. Eu não seria capaz de lhes dizer, talvez pelo motivo de eles não gostarem de ouvir aquilo que penso deles e me deixarem na solidão. Mas muitos desses amigos... eu não sei, acho que eles não se importam tanto assim. Eles pensam que são eles e mais ninguém, que tudo gira à sua volta. Apontam-me defeitos a toda a hora a pensar que levo na boa, mas não levo.
Eu tenho baixa auto-estima, mesmo parecendo que não. Eu conheço-me melhor que ninguém, embora não me conheça a cem por cento. Mas conheço-me. Conheço os meus erros, as minhas falhas. Eu sei o que sou e não preciso de ninguém a relembrar-me de tal a toda a hora.
Por vezes gostava de tirar férias de tudo: da família, dos amigos, do sofrimento, da alegria... permanecer num vazio intenso em que me daria tempo suficiente para pensar em tudo sem qualquer tipo de inclinações. Mas aí encontraria a solidão. Estaria sozinha e sem ninguém. Um dos meus maiores medos.
Gostava de voltar a ter alguém com quem pudesse falar todos os dias, alguém que me compreendesse e me apoiasse, que estivesse presente e não me abandonaria. Gostava de voltar a encontrar alguém assim, mas que desta vez não me largasse.

" Preciso do seu apoio. Porque ele é tudo para mim. "

Decisões. A vida é toda feita de decisões, de opções...
Eu optei por o ignorar, decidi apagar cada memória que tinha dele. Apaguei o seu número, eliminei-o de todas as redes sociais que tenho... só não destruí o nosso passado.
Precisamos de memórias para viver.
Nós tivemos história. Uma história que acabou. Uma história em que, no final, eles se ignoravam um ao outro. Uma história onde não existe final feliz. Uma história que se vai dividir em duas, e cada parte dessa história continua com a vida de cada um.
Dizem que o primeiro amor nunca se esquece... e eu comprovo essa afirmação.
O que realmente me incomoda é ele me ter abandonado. Ele tornou-se parte de mim, como que um irmão mais velho.
Com o tempo eu aprendi a não amá-lo mais, pelo menos do mesmo jeito que antigamente.
Ele prometeu não me abandonar. Não me abandonar neste momento. Eu esperava que ele cumprisse a sua palavra. Principalmente agora. Principalmente quando ele passou por algo parecido.
Eu esperava tudo, tudo menos isto vindo dele.
Eu tive que o começar a ignorar, vi-me obrigada a tal. Amigos, irmãos... quer dê errado ou certo, eles estarão sempre presentes. Mas ele não estava.
Eu era sua amiga para quando lhe convinha. Simplesmente, não aguentei. Eu estava lá para ele, mas ele nunca estava lá para mim. Tive que o deixar, deixei-o viver a sua vida. 
E ele não sentiu a minha falta.
Ele não me perguntou o porquê de o ter excluído das minhas redes sociais, não perguntou o porquê de o ter começado a ignorar. Não voltou a perguntar se estava tudo bem comigo. Não se importou mais, e é se ele alguma vez se preocupou.
Ele pode não sentir a minha falta, mas eu sinto a dele. Sinto a sua falta mais que tudo. Sinto falta da sua presença. Sinto falta das suas mensagens. Sinto falta dos seus abraços. Sinto falta dele.
Eu não sou forte o suficiente para ultrapassar tudo isto sozinha. Certos amigos meus sabem do que anda a acontecer... ele sabia. Ele sabe.
Não é que o apoio dos outros não seja o suficiente, pois é. Estou lhes grata por tudo. Mas eu precisava do seu apoio, precisava do apoio dele. E pensava que ele compreendesse isso.
No início pensava que era por ser uma rapariga difícil de lidar, uma rapariga com uma personalidade um pouco difícil... mas soube que o problema era mesmo ele não se importar.
Um dia, ele me disse que eu era como uma irmã para ele. Mas se ele trata assim as suas irmãs...
O pior de tudo é que, mesmo depois de tudo, eu ainda quero a sua presença. Eu preciso dele. Preciso da pessoa que eu conheci. Preciso do idiota do rapaz que eu conheci à três/quatro anos. Preciso dele enquanto amigo. Apenas, unicamente e exclusivamente como amigo... nada mais.
Preciso do seu apoio. Porque ele é tudo para mim.
Custa. O quê? Tudo isto.
Meio que me deixo abater.
"Que tens?" - alguém pergunta sem interesse.
"Nada" - respondo.
"Ah, ok." - ela diz - "Deve ser uma crise qualquer por nada" - sussurra para a colega do lado.
Sim, é uma crise. Mas uma qualquer? Talvez não.
A desilusão é algo horrível de se sentir. Eu depositava toda a minha confiança nele, toda a minha esperança, todo o meu amor. Ele, aquele que eu conheci toda a minha vida. E então ele faz merda, algo estupidamente imperdoável do qual ele se torna orgulhoso demais e não aceita terminar com a porcaria que fez.
Eu amo-o, ele será sempre quem é para mim. Mas foi uma grande desilusão que abalou o meu coração e não só.
A desilusão nem é o que mais magoa. É ele, simplesmente, não querer saber. Como se eu nada fosse para ele. Ele é capaz de preferir uma puta qualquer do que a mim que sou o que sou para ele. Deveria ser sua prioridade, mas sou tratada como segunda escolha.
Por vezes dá vontade de acabar com tudo. Tudo mesmo.

Plan A

Sempre fui uma rapariga de planos. Não havia nada que eu já não houvesse planeado.
Fui planeando o meu futuro ao longo dos anos, sem me importar se algo corresse mal. Nunca pensei em planos B, C, D , etc.
Já (meio que) planeei a minha 'carreira' , o nome de meus futuros filhos (estúpido, ahn?) , ...
Mas e se tudo der errado? E se, por alguma razão, eu não poder entrar na carreira onde quero, se não for aceite? Sei que até lá terei que treinar drasticamente, mas em dois anos muita coisa acontece...
Temo que algo aconteça e que não consiga, depois, reconstruir a minha vida.

Eu neste momento já me sinto abandonada em demasia, ao fazer planos mantém-me ocupada. Não penso nos problemas, não sinto a dor que se vai acumulando, não penso nem sinto porra nenhuma.
Por vezes gostava de poder desligar toda a minha "humanidade" (muito cena de TVD, eu sei) , poder desligar todos os meus sentimentos, não sentir culpa, dor, paixão... não sentir nada. Apenas viver a vida no momento sem me preocupar com nada.

Being an idiot

Idiota, idiota, idiota, idiota, idiota, idiota, idiota, idiota, idiota, idiota.
Que nervos! Porquê?!
Respira, Diana, tu respira...
Que diabos fui eu fazer? Não estava bem quietinha?
Ai santa Eunácia, me dê juízo ... e muito.

"ninguém está lá"

Ele é ninguém, do mesmo modo que eu não sou alguém. A única diferença é que ele se acha superior a ninguém e eu não passo de alguém que não é alguém.
Pela noite, me abraço a mim própria, sentindo toda a saudade e mágoa que não apareceu durante o dia. Deixo toda a dor domar o meu ser.
Pela noite, a força e a adrenalina desvanecem e deixo-me guiar pela escuridão.
Ninguém está lá para me ajudar, nem mesmo ele que pensa ser mais que ninguém. Nem ele, nem alguém.
Mas depois acordo, e reparo que tudo não deixou de ser um simples sonho. Embora eu continue não sendo alguém e ele um ninguém que se julga superior ao seu ninguém.